domingo, 11 de agosto de 2013

Atividade para o 9º ano

A TRADIÇÃO RELIGIOSA NO PROJETO DE VIDA
   Se as religiões estão para humanizar e sensibilizar as pessoas frente aos problemas sociais presentes na humanidade, além de despertarem o ser .humano para uma atitude de respeito e reverência frente a Outrem, podem contribuir com o desenvolvimento dos projetos de vida.
  Há jovens, em praticamente todas as Tradições Religiosas, . único e inacessível: divindade(s). ser
envolvidos ativamente em atividades de solidariedade e voluntariado,
agregando ideais e ações destes espaços aos projetos pessoais.
   Além de agregar ideais e ações de determinada Tradição Religiosa, os jovens e demais pessoas
encontram nas Tradições Religiosas critérios, valores e ensinamentos que dão sustentação aos projetos
de vida, concedendo espaço para desenvolvê-Ios e tornando seus sonhos realidade.
Para tanto, as Tradições Religiosas, ao realizarem experiências comunitárias com atividades destinadas às diferentes fases da vida e que envolvem o bem coletivo, contribuem para que as pessoas aprendam
a refletir a sua participação no desenvolvimento humano e social, como também a se organizar embusca do bem-viver. Desta forma, são subsidiadas por estas experiências para elaborarem os seus projetos
de vida. Vamos descobrir como as Tradições Religiosas fazem isso?
    No Cristianismo, diferentes denominações religiosas acreditam que Deus tem um plano para cada
um e realizam atividades com crianças, jovens, casais e idosos, a fim de que em cada fase da vida, possam
comunitariamente vivenciar a mensagem cristã, priorizando  a fé, a esperança e o amor ao próximo. Os jovens recebem orientações de acordo com os ensinamentos cristãos e realizam experiências de oração e de soliariedade com pessoas e comunidades carentes. Essas atividades, entre outras, contribuem para que as
incluam em seu projeto de vida primando por um novo futuro fundamentado no amor e na justiça.
    Os cristãos católicos têm no ritual do crisma a crença de que o jovem passa a assumir sua vida
espiritual, desenvolvendo seu projeto de vida em consonância com os princípios e valores católicos,
atuando nos grupos de jovens, nas liturgias, nos grupos de canto, em pastorais e/ou catequese.
Nas comunidades cristãs evangélicas, algumas igrejas possuem uma estrutura em nível local e nacional onde os jovens se organizam e desenvolvem seus dons em prol da comunidade, exercendo o seu protagonismo na medida em que desenvolvem uma consciência crítica frente às problemáticas sociais. Além do mais, atuam na música, nos grupos de jovens, acampamentos, retiros e outras atividades de evangelização que
contribuem em seu projeto de vida.
Na cosmovisão africana cada pessoa é um ser com que vive com. A comunidade é o espaço em que todos mantêm a ligação, os laços com a família e com o grupo social. Os vivos e seus ancestrais convivem numa relação de complementaridade. Todo africano e afro-brasileiro é orientado desde criança a encontrar sua força vital, seu sentido enquanto ser na união com Outros, visíveis e invisíveis, isto é, com os vivos e seus
antepassados.
Este processo perpassa nos rituais, os quais fortalecem e legitimam a experiência religiosa na comunidade. No senso de pertencimento à comunidade encontram-se os valores e princípios éticos que orientam a vida dos integrantes das religiões africanas e afro-brasileiras. O mérito e a responsabilidade vai além do sujeito, pois adentra ao mundo dos humanos, dos ancestrais e da natureza. Os mitos, cantos, celebrações e rituais ligam estes mundos entre si, e o jovem participa normalmente em todos os momentos da vida comunitária e religiosa. Dessa forma, o modo de viver nesta cultura contribui para que a dimensão comunitária se faça presente no projeto de vida das pessoas.
Na cultura indiana, em que predomina o Hinduísmo como um conjunto de Tradições Religiosas, encontram-se quatro grandes fases da vida que visam favorecer a organização pessoal e coletiva.
• A primeira refere-se ao tempo em que cada criança e jovem adquire conhecimentos relacionados às
virtudes e a prática da meditação. Os gurus ou sacerdotes, juntamente com os pais, responsabilizam-se
por essa orientação.
• A segunda fase destina-se à constituição da família e o desenvolvimento material, necessários à subsistência.
• A terceira diz respeito ao processo de desprendimento  dos bens materiais e maior preocupação com os bens espirituais.
• A última fase caracteriza-se pela dedicação à meditação, libertando-se do mundo material em vista da plenitude espiritual.
    No Hinduísmo, portanto, a formação dos jovens também contribui para a vivência de um projeto e Vida,ao oportunizar a participação nos rituais de devoção, cantos e recitações de orações meditativas  em formas de mantras. Estes, por sua vez, são recomendados pelos mestres espirituais aos iniciantes, pois acreditam que possuem uma força espiritual que leva à libertação. Essa iniciação tem por objetivo auxiliar a pessoa a conectar-se com alguma divindade. A união favorecerá a integração entre corpo e mente, considerada necessária à realização espiritual.
Na tradição islâmica, encontram-se os cinco pilares, sobre os quais muitos muçulmanos elaboram seus projetos de vida. O segundo pilar do islã é o Salah (orar cinco vezes ao dia), cotidianamente praticado como forma de viver em constante diálogo com Allhá.
    Na Tradição Budista, as crianças são iniciadas nas práticas e ensinamentos budistas a fim de que, na juventude e vida adulta, desenvolvam seus projetos de vida. Para eles, a sanga (comunidade) é como uma família, em que cada integrante é apoiado no desenvolvimento dos seus projetos, pois não beneficiam    apenas o indivíduo, mas a comunidade toda.
     Os mandamentos que, segundo a tradição I judaica, foram revelados a Moisés, são um resumo da lei divina, em que o amor a Deus ganha centralidade. Ao participar da vida comunitária, todo jovem judeu tem a possibilidade de desenvolver seu projeto de vida. Para isso, há de passar pelo ritual o Bar-Mitzvá e Bat-Mitzvá.
Para os adeptos da tradição Fé Baha'í, a vida é compreendida como um grande projeto que se inicia no ventre materno e visa ao crescimento espiritual, tendo em vista a eternidade. Portanto, cada adepto deve organizar sua vida segundo alguns princípios, dentre os quais pode-se citar: ser contra todo tipo de
preconceito, discriminação, má distribuição de renda, conflitos entre os povos, além de buscar sempre as perfeições divinas como a humildade, honestidade, veracidade, bondade e disponibilidade para atender os que necessitam.
O Espiritismo visa constantemente a promoção do ser humano, por isso propõe a todos adeptos que avaliem seu contexto social e, neste, suas condições, prioridades e ideias de liberdade. Além do mais, um dos pontos centrais na doutrina espírita é a prática da caridade no local em que cada um vive.
Por isso, todo jovem é orientado a realizar formações para melhor compreender sua presença neste mundo e realizar seu projeto voltado à libertação do espírito.
Para o Xintoísmo, o tempo presente é fundamental. Ele ocupa a centralidade da vida e, por isso, cada
pessoa é a principal responsável pelo seu cuidado para que possa aproveitar as oportunidades de conhecimento e crescimento. Os projetos de vida são gerados, em grande parte, no ambiente familiar e comunitário e tem grande relação com a natureza, a vida dissociada dela, é incompatível com os ideais xintoístas. A participação em encontros celebrativos , em cultos aos ancestrais e o respeito aos idosos, pois deles se herda  a sabedoria o respeito à terra, ao meio ambiente e aquilo que transcende este mundo, sao alguns dos princípios que devem nortear o desenvolvimento do projeto de vida dos xintoístas.
   Nas tradições indígenas, tratar o tema projeto de vida é desafiante, pois elas apresentam uma cosmovisão que difere significativamente das demais. Um projeto de vida é para todos da tribo, poís vem desde as  e origens de cada grupo étnico, que foi construindo um modo próprio de ser e pensar, agir, criar, recriar, crer e expressar suas crenças. O projeto de cada grupo se completa a relação com outros grupos.
Percebeu-se, portanto, que a Tradição Religiosa contribui com a elaboração e desenvolvimento e projetos de vida, tanto em nível individual quanto coletivo. A dimensão espiritual tem de ser considerada na vida cotidiana, pois os que aderem alguma crença, o fazem porque desejam mais vida, mais dignidade e sentido para viver. As Tradições Religiosas, quando fiéis aos princípios fundamentais, podem contribuir com a humanização das pessoas, independentemente de crença religiosa e, inclusive, para além delas mesmas.
APOS LER O TEXTO FAÇA AS ATIVIDADES EM SEU CADERNO.

Atividade para o 8º ano.

INTERCULTURALIDADE: POSSIBILIDADES E DESAFIOS
Se observarmos, todos os seres humanos possuem qualidades  específicas, as quais foram estimuladas e desenvolvidas desde a infância. Pois bem, para entendermos neste primeiro momento o que vem a ser interculturaldade, partiremos de uma ideia desenvolvida por Fornet-Betancourt (2001).
    Para ele, a interculturalidade é uma "qualidade" em que todas as pessoas e culturas poderão obter a partir das relações que estabelecem no cotidiano com a sua e com outras culturas.
    Esta relação se caracteriza por ser envolvente e não superficial; por ser transparente e não fundada em segundas intenções; por ser dialogante e não monóloga. A interculturalidade pressupõe abertura constante ao outro que se apresenta sempre diferente, dinâmico e em constante transformação. O prefixo "inter" expressa uma interação positiva que, na prática, visa superar as barreiras entre povos, comunidades
étnicas e grupos humanos (SALASASTRAIN, 2003).
     Para Costa (2010, p. 142), a interculturalidade "supõe uma inter-ação, como um colocar-se no lugar do outro para, a partir daí, buscar entendê-lo e estabelecer as bases para o diálogo e a convivência. Não se trata de passiva convivência".
    Já para Candau (2011), a interculturalidade encaminha processos que têm no reconhecimento do direito à diversidade e nas lutas contra todas as formas de discriminação e desigualdade, sua base fundamental. É uma perspectiva que exige uma ação constante, pois está sempre inacabada. Para que haja interculturalidade de fato, é, necessário que decididamente se promova relações dialógicas democráticas entre as culturas e os diferentes grupos para ir além da coexistência pacífica em um mesmo território.
       Significa dizer que é necessário construir modos de vida em que todos se sintam parte, integrados e emancipados, respeitadas e (re)conhecidas as singularidades de cada indivíduo e cada grupo ou cultura.
      A relação na perspectiva intercultural desperta nos seres humanos e nas culturas uma corresponsabilidade. Mas, o que esta corresponsabilidade vem a ser?
A corresponsabilidade, na perspectiva intercultural, traz na sua base a dimensão ética, o cuidado e proteção da vida em todas as circunstâncias. É o que possibilita o diálogo, a superação de conflitos e o entendimento respeitoso. Para tanto, a interculturalidade requer outros olhares, mudanças nas formas relações consigo mesmo, com o Outro e com o mundo.
     É fundamental identificar como se estabelecem as relações entre os seres humanos e as culturas entre si. Isso implica perceber as motivações, valores e interesses que perpassam e definem os modelos de relações.
     Na perspectiva  intercultural, o princípio da igualdade de direito é central. Este princípio, por sua vez exige o desenvolvimento de uma postura ou disposição para aprender sempre. Especificamente, aprender a ler e a interpretar o mundo a partir do olhar de várias culturas (FORNET-BETANCOURT, 2004). Esta exigência abrange todas as esferas sociais: política, econômica, educacional, cultural, religiosa ... Mas como seria no campo religioso?
Primeiramente, faz-se necessário entender que não se trata de renunciar às crenças religiosas, nem aderir a várias Religiões ao mesmo tempo. Também não diz respeito apenas aos que pertencem a uma Religião ou estão a participar de várias Religiões.
     Antes de ser uma ameaça, é um enriquecimento significativo a proposição de interrelações tanto
entre os membros das mais diversas Tradições Religiosas como até com os que não integram nenhuma
confessionalidade.
Porque esta proposta encontra-se fundada no respeito e numa convivência que visa superar continuamente todas as formas de discriminação, exclusão e desigualdades, ocasionadas até mesmo por escrúpulos de cunho religioso. Neste sentido, as Tradições Religiosas podem cultivar um espírito de abertura para:
• acolher a diversidade cultural religiosa como uma riqueza da humanidade.
• contribuir na superação dos problemas que geram todo tipo de sofrimento, desigualdade e exclusão.
• manter a fidelidade aos princípios básicos que regem a relação do ser humano com o outro na busca-pela
paz.
• não se fechar às próprias verdades como únicas.
• não reproduzir preconceitos relacionados a pessoas de outras Religiões e as que optam não ter Religião.
Há várias iniciativas no campo religioso que visam promover uma interação positiva entre as Religiões, são caracterizadas também como diálogo lnter-religioso. A instituição do Parlamento Mundial das Religiões é um desses exemplos. Por ocasião do seu centenário, em 1993, o referido Parlamento definiu alguns princípios norteadores de interculturalidade:
• uma ética mundial que oriente as transformações necessárias.
• que esta ética possibilite a todo ser humano um tratamento digno.
• respeito a todo ser vivo como parte de uma cultura da não violência.
• uma organização econômica justa pautada nos ideais de solidariedade.
• criar uma cultura de tolerância e de igualdade de direitos entre homem e mulher.
Consta que o último encontro ocorreu em 2009, na cidade australiana Melbourne, cuja discussão girou em torno da consciência ambiental e o aquecimento global, com ênfase no diálogo entre as Religiões.
Outra organização é a Conferência Mundial das Religiões pela Paz, criada em Kioto, no Japão em 1970, cujo objetivo era promover a paz, lutar pelo desarmamento, combater toda forma de discriminação, suprimir ações de colonialismo em defesa dos direitos humanos.
No Brasil, uma organização que vem crescendo é a Iniciativa das Religiões Unidas (URI), fundada no ano de 2000 na Califórnia/EUA e presente em 167 países. A URI se caracteriza como uma rede mundial que se dedica à promoção permanente da cooperação interreligiosa. Seu objetivo é eliminar toda forma de violência por motivos religiosos, promover cultura de paz e resgatar a relação de respeito com a terra e os seres vivos.
Organizações desta natureza indicam de que é possível pessoas de todas as Tradições Religiosas desenvolverem aquilo que Ihes é mais sagrado: o respeito à vida e à dignidade humana, independentemente
de origem étnica, cultural ou religiosa.
APOS A LEITURA FAÇA AS ATIVIDADES EM SEU CADERNO.

Atividades para o 7º ano

LEIA AS FRASES e faça a atividade.
        Hans kung (2004,p.17) ao escrever sobre religiões no mundo, afirma que "não haverá paz entre as nações, se não houver paz entre as religiões. Não haverá paz entre as religiões, se não existir diálogo entre as religiões. Não haverá diálogos entre as religiões se não existirem padrões éticos globais". Isso não quer dizer uma unica religião, mas um empenho responsável pela paz dentro de cada religião.
        Nelson Mandela refere-se à diversidade religiosa e aos direitos humanos dizendo que "ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, por sua origem ou ainda por religião. Para odiar,as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar".
       Os textos expressam a preocupação dos líderes religiosos em relação a uma sociedade que não vive em harmonia, não respeita as diferenças e promove a violência. Pode-se compreender que os líderes religiosos procuram contribuir com suas funções para construir uma cultura de paz. que tal elaborar uma mensagem que divulgue essa preocupação para enviar aos seus amigos por e-mail?